sexta-feira, 8 de maio de 2009

Qual é o seu sapato?

Desde o império romano que os sapatos demonstram qual classe social você pertence. Depois veio a Revolução Industrial e muitos sapatos foram confeccionados. No século XX surge o design para atender as “necessidades” impostas pela moda, mídia etc. Essa breve introdução sobre os sapatos é para chegar a uma observação que surgiu após a compra de uma bota de treking que estava me devendo há algum tempo. Analisei o quanto um sapato pode mudar o comportamento humano. Não é só a sensação de segurança e liberdade que uma bota ou tênis pode causar, é a vontade de mudar, de sair andando na chuva, subir ladeiras e tomar atitudes que um salto alto lhe impediria. É uma sensação contrária a estagnação.

Na verdade, os primeiros calçados foram criados para possibilitar os antigos a atravessarem trilhas montanhosas e desbravarem novos caminhos, mas surgem a tal necessidade, o design e os estilistas para enfiarem em nossas cabeças, ops, pés, sapatos que custam a minha existência.

Como um ser pode ser julgado pelo sapato que usa? Será que serei obrigada a encher meus pés de bolha dentro de um sapato fechado, entortar os pés a cada cem metros ou até mesmo quebrar meu tornozelo por não me adaptar a essa imposição ou para estar de acordo com o meio?

Voltando a minha bota... Tomei a liberdade de usá-la para ir trabalhar, mesmo sob os olhos inquisidores alheios. Me imaginei então em situações de caos, presa por horas no trânsito e já estava certa que se algo do tipo acontecesse, eu desceria do veículo e sairia andando, sem me importar com a distância. Pode ter certeza que não ousaria a tomar tal atitude com um escarpin ou até mesmo uma plataforma nos pés.

O sapato que você usa é o grande responsável pela rede social que você pertence. Nos dias que usei minha bota nas ruas, peruas me olhavam atravessado e os modernos me achavam descolada, quase me perguntando qual seria a próxima trilha. Agora veja você, se eu estivesse utilizando um Chanel, Prada, ou os famosos solados vermelho do francês Christian Louboutin? Claro que existe o charme, mas antes de qualquer coisa, a personalidade e a vontade dos pés devem ser respeitados.

Quero aproveitar da melhor maneira a minha Timberland, que também não deixa de ser uma tendência, mas mudou para melhor a minha vida.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sobre novas tecnologias e velhas questões

Desculpem os xiitas, mas acredito sim que a tecnologia destrói as relações humanas. Tenho muito medo do que posso me tornar, de como serão as relações de amizade, as amorosas. Tudo virou efêmero. Qualquer problema é só apertar o delete e criar um novo perfil, que está resolvido. É informação de qualquer forma, sem algum controle. Não falo da colaboração, mas da banalização.

Quando era criança, imaginava escrever um livro em papel ofício e guardava todas as minhas anotações em baixo do colchão. Escrevia em diários e guardava aquela frágil chave como se fosse a minha vida. Na pré-adolescência toquei fogo no “livro” e passei a customizar agendas, cadernos e escrever cartas de desabafo para mim mesma. Eis que surge a Internet, o e-mail, os blogs, o twitter e todas as “redes de relacionamentos” e todas as outras coisas vão sendo eliminadas num piscar de olhos. Até o e-mail já se tornou ultrapassado, imagina os cartões de Natal enviados pelos Correios? Isso não é evolução!

Engraçado como uma amiga passou uma temporada do outro lado do continente. Hoje ela está de volta e parece que ela não esteve longe momento algum. O tempo inteiro conversava com ela no Gtlak, Messenger ou trocávamos scraps, e-mails, sms. A saudade que deveria se fazer presente foi suprida por uma série de artifícios ou ferramentas.

E quais serão as próximas providências? Troco informação com com pessoas que eles nunca viram pessoalmente, nunca falei ao telefone. Não quero que ser reduzida a um avatar ou a um Sims.

É uma discussão boba, batida e já ultrapassada, mas quero pensar num sentido bom para as coisas que eu faço. Quero poder escrever para ser lida e que isso tenha um significado, faça alguém pensar. Não da mais para jogar tanta palavra e sentimentos ao vento, sory, no ciberespaço.

Operação PF

Sempre quis saber como são pensado os nomes das operações da Polícia Federal. Será que existe algum estudo para relacionar o nome com a ação? Alguns deles parecem inspirados em livros, filmes, músicas e novelas. Selecionei alguns que achei interessante: Top Gun, Vôo Livre, Iceberg, Kabuf, Desvio Químico, Flash Back, Tarrafa, Integrada Afrodite, Telhado De Vidro, Pinóquio, Pleno Emprego, Titanic, Pasárgada, Auxílio-Sufrágio, Lactose, Caipora, Cartada Final, Albergue, De Volta Para Pasárgada, Loki, Play Back, Satiagraha, Psicose, Minuano, Canto Da Sereia, Fura-Fila, Tarja Preta, Sorte Grande, Game Over, Poeta, Arca De Noé, Rei Artur, Nas Ondas Da Rádio, Estranho No Ninho, Déja Vu, Sonho Encantado, Inseminação Artificial, Tv Pirata, Big-Apple, Hurricane, Banco Imobiliário, Wood Stock, Alquimista, Capitão Gancho II, Vidas Secas, Branca de Neve, Gato de Botas, Big Brother, Terra Nostra, O Clone, Negócio Da China.